O problema, claro, é o sacador não poder confirmar se um dos pagadores não fez gasto duplo
da moeda. Uma solução comum é a introdução de uma autoridade central confiável, ou casa da
moeda, que verifique o gasto duplo para todas as transações. Depois de cada transação, a moeda
deve ser devolvida à casa da moeda para a emissão de uma nova, e apenas moedas emitidas
diretamente da casa da moeda são confiáveis de não ser gastas duplamente.
O problema desta
solução é que o destino de todo o sistema monetário depende da empresa que gerencia a casa da
moeda, com todas as transações tendo de passar por ela, assim como um banco.
Nós precisamos de uma maneira que o sacador possa saber se os proprietários anteriores não
assinaram quaisquer transações anteriores. Para nossos propósitos, a transação mais antiga é a
que conta, por isso, nós não nos preocupamos com as tentativas posteriores de gasto duplo.
A
única maneira de confirmar a ausência de uma transação é estar ciente de todas as transações. No
modelo baseado em casa da moeda, a mesma está ciente de todas as transações e decide qual
chegou primeiro. Para alcançar este objetivo sem uma parte confiável, as transações devem ser
anunciadas publicamente, e precisamos de um sistema para que os participantes concordem
em um histórico único a ordem em que foram recebidas.
O sacador precisa da prova que, no
momento de cada transação, a maioria dos nós concorda que ela está sendo recebida pela
primeira vez.